A Câmara Municipal de Cantanhede formalizou, a 26 de março, o auto de consignação que marca o início da obra de requalificação urbana do espaço envolvente à Capela de Nossa Senhora da Saúde, situada na confluência da rua da Capela com as ruas da Barroqueira e rua do Lameiro, na freguesia da Cordinhã.
O documento foi assinado no local pela presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, e pelo representante da empresa adjudicatária, num encontro em que estiveram também presentes o presidente da Junta de Freguesia de Cordinhã, José Carlos Santos, e o vereador, José Gomes dos Santos.
Adjudicada por 101.949 mil euros, a empreitada será iniciada na próxima semana e tem um prazo de execução de 120 dias seguidos.
Segundo a presidente da Câmara Municipal, “a intervenção insere-se no programa de obras de requalificação urbana que o Município de Cantanhede tem vindo a desenvolver um pouco por todas as freguesias, tendo em vista a melhoria das condições de fruição dos recintos vocacionados para isso nas nossas comunidades locais. Neste caso, à semelhança de outros, houve a preocupação de reforçar a segurança na zona e valorizar o enquadramento da capela, numa solução que realça o seu valor histórico e cultural e a torna mais convidativa para residentes e visitantes”, adianta a autarca, sublinhando que “a renovação do espaço o tornará aprazível para o encontro e o convívio social, contribuindo assim para reforçar a identidade do lugar e o sentimento de pertença da população”.
Após uma visita ao local foram detetados vários problemas, nomeadamente a localização da capela que está junto à faixa de rodagem, não permitindo a realização de eventos religiosos em segurança. Além disso, a rua da Capela é caracterizada pelo tráfego intenso, onde as viaturas se deslocam em grande velocidade, o que torna esta zona de atravessamento muito perigosa para os peões.
Por fim, a presença visualmente impactante do ecoponto na área do Largo da Capela é uma questão estética que afeta negativamente aquele espaço.
Tendo em consideração estes fatores, a Câmara Municipal decidiu que se deveria valorizar a circulação pedonal, assim como minimizar o impacto de viaturas e do ecoponto.
Além do valor da empreitada, este investimento representa ainda para a autarquia uma despesa total de mais 45 mil euros na aquisição de dois imóveis na área de abrangência do largo, a fim de aumentar significativamente a área disponível para a intervenção.
Os trabalhos no local visam mitigar os problemas identificados. Para reduzir o impacto do tráfego na rua da Capela, planeia-se construir uma zona de “gincana”, para que as viaturas sejam obrigadas a circular com menos velocidade e maior atenção aos peões.
A retificação do perfil da via permitirá a expansão do espaço na envolvente da capela, proporcionando a criação do adro, ou seja, um terreno em volta, com o objetivo de criar zonas de circulação pedonal e de descanso, ao mesmo tempo que são reorganizadas as zonas de estacionamento em frente às habitações.
Já o ecoponto será integrado num espaço próprio e integrado na envolvente, minimizando o impacto visual naquele espaço e melhorando a acessibilidade aos utilizadores.