A Casa de Arcos abriu as suas portas ao público no passado dia 25 de fevereiro. Propõe-se a ser mais do que um alojamento, a ser um espaço de sinergias entre a gastronomia, o vinho, a cultura e, claro, a Bairrada.
Tal como o nome indica: localiza-se em Arcos e resulta da remodelação desta casa pelas mãos de Cristina Vasconcelos e Francesco Caballero. Ela do Porto (mas com família na zona de Coimbra), ele vindo de Barcelona, explicam que escolheram Arcos fazendo um cruzamento geográfico entre vários pontos de interesse na zona.
Quando conheceram a casa, garantem, foi amor à primeira vista. Outrora casa de férias de família, estava fechada ou com pouco uso há vários anos. Fizeram várias obras e adaptações, principalmente em portas ou janelas, mas as principais divisões mantêm-se como originais. A escritura, assinada no dia 31 de dezembro de 2019, não fazia prever a pandemia que se seguiu e atrasou todo o processo.
Têm cinco quartos à disposição (2 são suites), uma cozinha e uma sala com 100m2 que servirá pequenos-almoços mas também eventos. É aqui que se querem destacar na região. Contam já com diversas parcerias que lhes permitirão promover e dinamizar diversas iniciativas.
De momento todos os quadros e obras na Casa de Arcos são da autoria do pintor anadiense Pedro d’Oliveira mas, de futuro, querem trabalhar com mais artistas locais.
O ambiente é acolhedor, confortável e familiar. O casal quer ser ele a receber quem os visita e proporcionar a tranquilidade possível, seja no sofá à lareira, ou na piscina com vista para o Monte Crasto.
Cristina é arquiteta de formação e tem trabalhado nos últimos anos na gestão de projetos. Francesco é locutor de rádio e, por isso, encaram isto como uma nova aventura. Não só o facto de se terem mudado de Barcelona para o concelho de Anadia, como o se proporem a fazer diferente na área do alojamento.
Têm como expectativas o fazer diferente, procurar ainda mais parcerias e explorá-las. De uma maneira ou de outra, encher a casa.
“O que queremos é viver disto, com diversão e a fazermos o que queremos. O convívio, a mistura de artes, o facto de estarmos rodeados de cultura e gastronomia é a diferença”, diz-nos Cristina.
Além dos jantares (com a assinatura do chefe Ferran Arnau) gostariam de ter tertúlias literárias e tudo de novo o que o futuro lhes reserva.