“Desporto no Feminino” foi o tema da tertúlia organizada pelo Município de Cantanhede para assinalar o Dia Internacional da Mulher na data desta efeméride, em 8 de março. Durante a sessão realizada nos Paços do Concelho, cinco mulheres que se têm afirmado em diferentes domínios da atividade desportiva deram testemunho da sua experiência pessoal e pronunciaram-se sobre os desafios inerentes à condição feminina nesse âmbito.
Bem antes disso, logo pela manhã, a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, esperou as trabalhadoras dos diferentes serviços da autarquia para lhes entregar uma flor com uma mensagem onde, depois de afirmar que “os direitos das mulheres têm o devido reconhecimento jurídico no nosso país”, refere que “continua a fazer sentido assinalar que há ainda algum caminho a percorrer para que esses direitos sejam respeitados em todas as dimensões. Celebrar o Dia Internacional da Mulher serve para isso mesmo e sobretudo para deplorar a inominável violência a que está sujeita a condição feminina em certas sociedades”, escreveu a líder do executivo camarário cantanhedense.
À tarde, na abertura da tertúlia, Helena Teodósio, apresentou as intervenientes, todas do concelho de Cantanhede, como “mulheres reconhecidas por aquilo que conquistaram no campo do desporto, enquanto atletas e treinadoras ou ainda no âmbito da arbitragem, mulheres com percursos de relevo à custa da sua capacidade, do seu esforço, do seu mérito e do seu sacrifício. Este ano decidimos dedicar a nossa habitual tertúlia no âmbito da celebração do Dia Internacional da Mulher ao ‘Desporto no Feminino’, uma vertente que tem adquirido cada vez mais expressão pública e que certamente tem condicionalismos e exigências particulares que vale a pena conhecer”, afirmou a autarca.
Nas suas intervenções, as convidadas convergiram na ideia de que já não é tão evidente a diferença de tratamento entre atletas femininos ou masculinos, embora esse comportamento se manifeste por vezes.
Stela Fernandes, Florbela Machado e Beatriz Carvalho deram nota que sempre treinaram com rapazes e nunca se sentiram, ou as fizeram sentir, menos capazes. Também Filipa Prata referiu que a sua equipa de arbitragem integra dois homens.
Numa intervenção mais pedagógica, Vanda Dias lembrou que “o desporto é uma escola de vida”, onde mais do que as medalhas e os títulos importa colocar “dignidade” nas pequenas conquistas, priorizar objetivos e “nunca desistir”.
A sessão contou com dois momentos musicais, por Christiana Marques e Bruno Pinto.