A Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL) celebrou os cinquenta anos do vinte e cinco de abril com uma conversa entre os protagonistas do «caso» da Capela do Rato, Jorge Wemans, Ana Cordovil e José Carlos Cantante. Mais tarde foi realizada uma Gala que contou com a presença de Carlos Cabral e Conceição Rosmaninho, com duas visões muito opostas sobre o pré e pós 25 de abril e, ainda, vários momentos musicais. A celebração terminou com a estreia da curta-metragem dos alunos do décimo segundo ano de Multimédia – O Jogo de Xadrez.
No último dia 1972, um grupo pouco óbvio – jovens católicos – num lugar pouco óbvio – uma pequena capela (Capela do Rato, em Lisboa), organiza uma Vigília pela Paz e contra a guerra colonial, discutindo um tema não discutível para o regime e muito menos naquele lugar e naquelas circunstâncias. A polícia invade o espaço, prende vários dos protagonistas e o Governo demite os funcionários públicos que se encontravam no evento. Como exercício de memória, mas para desafiar o presente, a EPVL organizou uma conversa no Cineteatro Messias, no passado dia dez de maio, sobre o «caso» da Capela do Rato, com a presença dos protagonistas Jorge Wemans, Ana Cordovil e José Carlos Cantante.
A Gala continuou com a atuação da Associação de Músicos de Cantanhede, que emocionou a plateia com músicas da revolução e com a Academia de Dança StudioBailando que presenteou a todos com uma coreografia de Liberdade. A Universidade Sénior CADES participou nesta Gala com uma performance sobre a posição da Mulher no pré vinte e cinco de abril. Para terminar, foi exibida pela primeira vez, a curta-metragem dos alunos do décimo segundo ano de Multimédia – O Jogo de Xadrez, que mostra o confronto de realidades na escola no antes e depois de abril de setenta e quatro.