A Biblioteca Municipal de Cantanhede tem patente, até ao próximo dia 30 de abril, a exposição Mulheres do 25 de Abril, composta por pinturas de Mário Marques, acompanhadas por poemas de António Canteiro. Mulheres do 25 de Abril é uma exposição que realça o papel de algumas mulheres que se opuseram à política e ao regime do Estado Novo (1933-1974), e que por esse motivo foram perseguidas, presas, torturadas e levadas ao exílio.
As 25 mulheres retratadas na exposição foram figuras de amplo destaque na contestação ao regime vigente, e com a sua resistência e tenacidade, contribuíram de forma determinante para o fim da ditadura salazarista e a instauração da Democracia em Portugal, com Revolução dos Cravos a 25 de Abril de 1974.
As figuras retratadas na mostra são Catarina Eufémia, Diana Andringa, Glória Marreiros, Helena Cabeçadas, Helena Pato, Irene Flunser Pimentel, Isabel do Carmo, Luísa Tito de Morais, Margarida Tengarrinha, Maria de Jesus Barroso, Maria de Lourdes Pintasilgo, Maria Helena Gorjão, Maria Helena Vieira da Silva, Maria Isabel Barreno, Maria Lamas, Maria Luísa Cabral, Maria Luiza Sarsfield Cabral, Maria Manuela Macário, Maria Stella Piteira Santos, Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa, Natália Correia, Odete Santos, Sophia de Mello Breyner Andresen e Vera Lagoa.
Sobre os autores, António Canteiro | Mário Marques
António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, nasceu em S. Caetano, Cantanhede. Vive atualmente em Febres, Cantanhede. É Técnico Superior de Reinserção, em Aveiro. Estreou-se na escrita com Parede de Adobo, romance que recebeu Menção Honrosa do Prémio Carlos de Oliveira 2005, promovido pelo Município de Cantanhede. Na poesia e no romance, conta com 11 obras publicadas, uma inédita e uma tradução. Com uma obra galardoada com inúmeros prémios literários, António Canteiro escreveu Nocturno (2021), romance vencedor do Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa de 2020, promovido pela Câmara Municipal de Sintra.
Mário Marques nasceu em Vila Nova, Cantanhede. Vive atualmente em Cantanhede. É reformado. Desde jovem que se interessa por arte, mas foi em 2016 que se começou a dedicar ao desenho e à pintura, de forma regular e autodidata. Nos seus trabalhos sente predileção pelo desenho e pela pintura com recurso ao carvão, a aguarela e a acrílico e, igualmente, a técnicas mistas. As temáticas preferidas são, em geral, figurativas – paisagens, flores, figuras humanas, caricaturas, mas, também, pinta motivos abstratos. Mário Marques conta com participações em exposições, de forma individual e coletiva.