A construção da nova superfície comercial Intermarché/Bricomarché na zona do Vale Santo, em Anadia, voltou a ser tema na última sessão da Assembleia Municipal de Anadia no período antes da ordem do dia, destinado à intervenção dos deputados, que decorreu nos Paços do Concelho, no passado dia 23 de fevereiro.
Nuno Portovedo, da bancada MIAP, foi o primeiro a levantar a questão, deixando no ar a pergunta se o executivo municipal teria ferramentas para impedir a construção desta superfície comercial. Teresa Cardoso, presidente do executivo, foi perentória na resposta, afirmando que as regras de expansão urbana estão escritas no PDM (Plano Diretor Municipal) e que este chegou a estar em discussão pública, não tendo a autarquia ferramentas que impedissem o licenciamento desta estrutura.
“O objetivo do PDM é o de criar desenvolvimento económico e permitir a expansão urbana. Este projeto cumpre as regras, por isso o Município não tem como não o aceitar”, explicou a edil.
Fernando Barbosa, do PS, abordou novamente a questão, questionando se não haveria outra intenção para aquela zona, ao que a autarca respondeu saberem todos a importância e valor daqueles terrenos (onde habitualmente se faz o estacionamento da Feira da Vinha e do Vinho), mas que o Município não era proprietário deles.
Teresa Cardoso disse ainda que em tempos já haviam auscultado os proprietários dos terrenos no sentido de saber qual seria a intenção para estes, de modo a investir em melhoramentos como passeios, iluminação e saneamento, mas que nunca havia sido manifestado interesse em avançar para a construção de habitações, estando agora o projeto a ser adaptado a esta nova realidade: a construção de uma superfície comercial.