Mensagens do 25 abril das forças políticas do concelho

Neste dia que se celebram os 50 anos da Revolução dos Cravos de 25 de abril de 1974 publicamos as mensagens deixadas pelas várias forças políticas do concelho de Anadia.

Estas mensagens já foram publicadas, em primeiro, na edição em papel do seu Jornal de Anadia.

25 de abril sempre!

 

50 ANOS DO 25 DE ABRIL

Celebrar os 50 anos do 25 Abril, é comemorar a conquista da Liberdade e da construção de um sistema político democrático, que se encontra constantemente em evolução, mas que enfrenta a cada dia inúmeros desafios.

Estes desafios convocam-nos a todos para renovar o nosso compromisso com a Democracia.

O nosso futuro coletivo em liberdade, depende também das nossas escolhas, e da capacidade de dizer presente e de igual forma, contribuir para a credibilização da política, para a abertura ao diálogo e para liderar pelas ideias, pelo seu realismo e pela sua capacidade de execução.

No PSD Anadia acreditamos e confiamos num futuro em Liberdade, num futuro em que os valores de abril estejam presentes e que sejam de todos, em Liberdade sem donos e valores sem patronos.

A nossa missão é continuar a honrar o nosso compromisso com a Democracia e acima de tudo, com as Pessoas que estão e estarão sempre no centro da nossa atividade política.

Viva o 25 de Abril, viva a Liberdade, viva Anadia!

 

Pedro Esteves

Presidente PSD Anadia

 

 

Cinquenta anos após aquela madrugada que eu esperava, o dia inicial inteiro e limpo, onde emergimos da noite e do silêncio de Sophia, muito já se disse e escreveu sobre tudo o que Abril nos trouxe.

A liberdade de mudar e decidir com o voto universal, o direito à paz com o fim da guerra colonial, o direito à saúde, educação e justiça para todos. Salário mínimo, subsídio de doença, desemprego ou invalidez, direitos laborais e fronteiras abertas aos ventos de mudança que sopravam da Europa.

Hoje, estranhamente, sopram outros ventos que suavizam ou mesmo exaltam o que de “bom” (?) existia no antigo regime e tentam apagar a luz que se acendeu nas nossas vidas num dia de Abril.

Como dizem os que mais ou menos inocentemente embarcam neste movimento de ajuste de contas com esse Abril, dantes não havia filas nas urgências hospitalares (querendo fazer esquecer que a saúde estava vedada a toda uma faixa da população que a não podia pagar), não havia falta de professores nem indisciplina nas escolas públicas (escondendo que escolaridade se resumia aos 4 anos obrigatórios e a taxa de analfabetismo chegava quase aos 50%) nem havia os casos de corrupção e desgoverno que enchem as páginas dos jornais e os ecrãs de televisão (omitindo que a imprensa da altura era controlada e censurada pelo estado).

É contra este novo ataque daqueles para quem Abril significou perda de regalias e benesses, muito mais perigoso, porque sub-reptício e concertado, que as investidas da PIDE, que os verdadeiros democratas se têm agora de insurgir nem que seja preciso que nos unamos porque só assim, como escreveu Ary, teremos força bastante para fazer um Abril novo.

 

CDU

 

 

O PS de Anadia vai festejar com todas as suas forças e alegria o 25 de Abril, pois acredita no seu ideário e na importância da sua efectiva aplicação em Anadia, onde tantas vezes parece que a revolução democrática não chegou…

Seria, por exemplo, importante se, finalmente nesta data, a Assembleia Municipal conseguisse rever o seu regimento, conferindo tempos condignos de intervenção a cada grupo municipal…; ou que a transmissão das suas sessões de Assembleia ficasse disponível para escrutínio público, sem que injustificadamente fosse apagada, como é…

Seria importante, se, neste aniversário do 25 de Abril, a Câmara de Anadia revisse o tratamento que confere às oposições democráticas e o papel castrado que atribui às associações e colectividades, que revisse a subalternização absoluta em que mantém as forças vivas da sociedade anadiense.

Em liberdade, sejamos dignos de continuar o legado de quem tanto lutou pela Democracia.

 

PS Anadia

 

 

No dia 25 de abril é comemorado o Dia da Liberdade em Portugal, em celebração à Revolução dos Cravos de 1974, que pôs fim à ditadura do Estado Novo. Este evento é considerado um dos momentos mais importantes da história de Portugal, que marcou o início de um período de democracia e liberdade no país, após o golpe militar pacífico que derrubou o regime autoritário de Marcelo Caetano.

Nos anos subsequentes, Portugal passou por transformações profundas e impactantes, que o tornaram num estado democrático de direito, respeitado internacionalmente. Com o estabelecimento de uma democracia pluralista; a descolonização das antigas colónias; liberdade e democracia; desenvolvimento económico e social; a integração na união europeia impulsionando o crescimento e a modernização; e o progresso nos direitos humanos.

Atualmente, Portugal é visto como um país moderno, democrático e com uma qualidade de vida elevada. No entanto, ainda existem questões em aberto, como a desigualdade social, a corrupção, a educação, a sustentabilidade ambiental, o sistema de saúde, o envelhecimento da população e a emigração de jovens em busca de melhores oportunidades no estrangeiro.

É fundamental continuar a trabalhar para superar estes desafios e construir uma sociedade mais rica, mais justa, mais inclusiva e sustentável para todos os cidadãos.

O país celebra os 50 anos da Revolução dos Cravos com orgulho, e olhando para o futuro, espera-se que Portugal continue a trilhar o caminho do progresso e da justiça social.

 

Rui Cosme

Iniciativa Liberal Anadia

 

50 ANOS DE CIDADANIA

 

Comemorar os 50 anos do 25 de Abril é, acima de tudo, a celebração de uma cidadania livre e democrática: livre nos direitos de expressão e participação, e democrática na capacidade e igualdade de escolher e no dever de intervir.

Direitos, mas também deveres são as grandes conquistas de Abril. O direito à liberdade de escolha não pode estar dissociado do dever de participar na mesma. O direito à livre expressão não deve ser separado do dever de respeito pela verdade. O direito de falar não pode impedir o dever de escutar, assim como o dever de julgar não pode existir sem o direito à defesa. Só assim conseguiremos ter uma sociedade justa e democrática. Só assim respeitaremos as conquistas de Abril.

Comemorar os 50 anos do 25 de Abril é também celebrar o Poder Local – Câmaras Municipais, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia democraticamente eleitas – no mais próximo acto de democracia que a mesma pode ter.

Respeitar Abril é, ainda, perceber o mais básico conceito de cidadania activa, participada e igual. Respeitar Abril é entender que os únicos donos da Democracia são, e serão sempre, cada um de nós – Os Cidadãos.

Que nunca nos esqueçamos disto!

 

Jorge Sampaio

MIAP

 

 

Em cada rosto igualdade

A canção de Zeca Afonso foi escrita anos antes do marcante ano de 1974, como se o 25 de abril precisasse de preparação. Uma sociedade que, apesar de não o saber, estava a caminhar para a liberdade.

Apesar de, cinco décadas volvidas, ainda não se ter cumprido todas as promessas de abril, cumpriram-se muitas.

A liberdade, a saúde, a educação, as mulheres, as eleições, os direitos laborais, a imprensa… e por aqui poderíamos continuar, tantas foram as conquistas que abril trouxe.

São apenas 50 anos de caminho, ainda longe de chegarmos a uma meta. Meta esta que nos parece cada vez mais longe, fruto da liberdade que conquistámos.

Que não nos esqueçamos do que disse Zeca Afonso: “Em cada esquina, um amigo; Em cada rosto, igualdade; O povo é quem mais ordena”.

Que não nos esqueçamos: não existe democracia sem liberdade.

25 de abril Sempre!

 

Salomé Dias

Jornal de Anadia

SUBSCREVA JÁ

NEWSLETTER

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Aceito Ler mais