Um dos assuntos levados a discussão na passada reunião do executivo da Câmara Municipal de Anadia, na passada quinta-feira, foi o financiamento por parte da autarquia à Associação Rota da Bairrada. A proposta de aumento do valor mensal pago por esta Câmara foi, de certa forma, contestada pela oposição ao executivo em permanência.
Jorge Sampaio, vice-presidente da autarquia e antigo presidente da Rota, começou por explicar que a principal base financeira desta associação são os Municípios que a constituem. A proposta para que a contribuição por parte da autarquia de Anadia, Oliveira do Bairro e Vagos face às restantes representa o pagamento de 12500€ anuais (sendo que a das restantes será de 7500€).
O facto de Anadia ser sede da associação e ter um espaço aberto bem como o custo dos respetivos recursos humanos é a explicação para esta disparidade de valores. O vice-presidente adiantou ainda que esta decisão foi discutida entre todos os membros da Rota em Assembleia.
Teresa Cardoso, presidente da Câmara, acrescentou ainda que todos os Municípios gostariam de ter um espaço físico à semelhança de Anadia, sendo que não é viável para todos. Acrescentando que, apesar de haver mais de 100 associados, são as autarquias as grandes bases financeiras.
André Henriques, vereador eleito pelo PS, afirmou entender haver pouca informação pública e disponível no que toca à transparência, relatórios de contas e planos de atividades da Rota, dizendo ainda ter a sensação de que esta entidade “só pede”.
João Nogueira de Almeida, vereador eleito pelo PSD, partilhou da opinião do vereador do PS, acrescentando ainda que não fica com confortável com a decisão de aumentar a contribuição à associação, dado que a informação que dispõem sobre o funcionamento e a atividade desta ser insuficiente.
O vereador do PS pediu ainda o adiamento da discussão e votação deste ponto, até que tivesse mais informações sobre ele, que não foi aceite pela presidente. Jorge Sampaio acrescentou estar disponível para pedir à Rota que disponibilize toda a informação aos vereadores.
O ponto acabou por ser aprovado por maioria pela bancada do MIAP, sendo que os vereadores do PS e PSD se abstiveram.