A concelhia do PS Anadia fez chegar às redações um comunicado sobre a construção de um novo estabelecimento comercial em Anadia, que transcrevemos na íntegra:
“A construção de um Intermarché/Bricomarché na zona do Vale Santo fere a decência e o respeito, e com ela não se conforma o Partido Socialista de Anadia.
Para o Partido Socialista de Anadia é incompreensível que isso possa acontecer, quando está em (já) em curso uma requalificação “ambiental e paisagística” do Monte Crasto, que visa, nas palavras da própria Autarquia, transformar essa zona num espaço verde urbano, dotado de sinalética, trilhos e circuitos de manutenção, miradouro com vista panorâmica sobre a cidade e a zona serrana; e com que se pretende também, garante a Autarquia, ligar o Monte Crasto ao Parque Urbano de Anadia, num verdadeiro “corredor verde”.
Como poderá isso ser, perguntamos, instalando um Hipermercado a meio daquele dito “corredor verde”? Ou a zona é verde ou é comercial… O mais de 1 milhão de euros que a Autarquia está a gastar na requalificação do Monte Crasto não pode ficar sem sentido, nem o plano para a zona envolvente ser abortado agora que já vai no adro.
O Partido Socialista de Anadia não se revê e repudia esta gestão desconexa do património e incoerente ordenamento do território. Não se diga que não há soluções e que se o PDM permite nada poderá a Edilidade fazer.
Dizer-se que tal construção não viola o PDM é pouco e é próprio dos resignados. Se a ideia camarária era fazer um corredor “verde” , há fundamento legal para suspensão do PDM e medidas preventivas, a despoletar por iniciativa da Câmara Municipal nos termos do RGIT. Para trabalhar esta possibilidade, certamente que a CMA tem assessoria bastante, houvesse em igual medida coragem política e noção de respeito pelos munícipes.
A anulação destas operações ainda é possível, assim haja clarividência e coragem. O Partido Socialista de Anadia desafia o Executivo Municipal, e sua plataforma política que ainda dá pelo nome de MIAP, a apresentarem um pedido de suspensão parcial do PDM e a impedirem a referida construção em curso.
Um, muito redundante, serviço comercial não interessa aos consumidores de Anadia. O seu comércio local não pode ser ameaçado directamente desta forma pouco sensata. Os munícipes já têm demasiados hipermercados, mas muito pouco beneficiam de um projecto coerente e sustentável para a sua cidade. Anadia merece mais.
Anadia, 1 de Fevereiro de 2023″