SF Imobiliária: “Existe muita procura para comprar e arrendar”

A SF Imobiliária instalou-se em Anadia há 11 anos pelas mãos de Sérgio Fontes (agente imobiliário há 16). Antes de o negócio abrir portas já Sérgio trabalhava como promotor bancário, agora continua a intermediar créditos, mas já o pode conciliar com a mediação imobiliária.

“Na altura começaram a surgir os primeiros imóveis de bancos para venda e eu, como promotor bancário, tinha acesso a eles. Entretanto tirei o curso de mediador imobiliário e dediquei-me apenas à mediação imobiliária associado a outra empresa. Há 11 anos criei a Sérgio Fontes – S.M.I., Unip., Lda (SF Imobiliária) e neste momento até já me é possível ter a mediação imobiliária e ser intermediário de crédito”, explica-nos.

Sérgio explica que sente que o mercado habitacional está com pouca oferta, fruto dos últimos 15 anos com pouca construção por parte de promotores. A crise de 2008 também ajudou a que todo esse mercado de promotores e construtores quase parasse. Neste momento o mercado habitacional está com valores altos, e que provavelmente não irão descer, pela falta de oferta e uma elevada procura. Sente que o mercado comercial está mais retraído, pois não é fácil ter um pequeno negócio por conta própria em Portugal, logo os valores dos espaços comerciais não subiram nos últimos anos como no habitacional, apesar de o valor de construção estar a aumentar substancialmente.

“Anadia é um mercado relativamente pequeno, muito para residentes, pessoas ligadas ao município, que trabalham por cá ou nasceram por aqui perto. Existe muito essa ligação à terra, o que é muito bom. Existem alguns estrangeiros a procurar na região e julgo que em breve vão surgir muito mais. Existe o estrangeiro que vem para trabalhar e conseguir melhores condições de vida, que por norma procura o arrendamento. E existe o estrangeiro que tem capacidade financeira e que vem para se fixar, para trabalhar ou gerir os seus negócios à distância, e esse já compra. E estamos a começar a sentir estrangeiros que estavam em grandes centro, mas como os preços dos imóveis são muito mais elevados estão a deslocar-se para zonas mais rurais em que o valor dos imóveis é mais baixo”, explica.

Sérgio tem a certeza que a pandemia veio ajudar a desenvolver a forma de promoção dos imóveis, acelerando o processo de digitalização. A chegada da primavera é bom sinal, as pessoas estão mais bem-dispostas e os dias são maiores, o que entusiasma à procura de casa. Também após as férias ou na mudança de ano, os clientes procuram criar novos objetivos de vida.

“Existe muita procura para comprar e arrendar, existe falta de quem queira vender. Julgo que algumas medidas que estão a ser pensadas e outras lançadas pelo Governo podem ajudar a que algumas pessoas pensem em colocar à venda algumas propriedades. Eu costumo dizer que os imóveis tem de ser rentáveis na posse do proprietário pois existem sempre despesas anuais para suportar, por isso devem os proprietários dar um rumo possível aos mesmos de modo a os tornar rentáveis ou transmitir a quem os torne rentáveis”, diz-nos.

Sérgio sabe que a subida das taxas de juro era algo inevitável, até porque não poderiam continuar em valores negativos muito mais tempo. O facto de terem subido tanto e tão depressa é que apanhou muita gente de surpresa. Mas acredita que não vão subir muito mais.

“Eu pelo menos guio-me, e faço questão que toda a equipa tenha, transparência e rigor. O negócio imobiliário muitas vezes é o negócio de uma vida para muitas pessoas, apenas compram um imóvel, que será a sua residência e da sua família para um vida, isto coloca uma responsabilidade muito grande no agente imobiliário. Não podemos querer fazer o negócio apenas por fazer, temos de perceber quais as suas prioridades e conseguir realizar o seu sonho”, afirma o sócio-gerente.

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