Viver com a diferença da Trissomia 21 debatida em Cantanhede

Decorreu no passado dia 23 de março, na Clínica Fisio André Viegas, em Cantanhede, mais uma sessão das “Rodas de Conversa” organizadas pelo coletivo “Feminismo para Tod*s”, desta feita subordinada ao tema “Juntas na diferença: a mãe e a profissional”.

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Trissomia 21, Cristina Azevedo, mãe de um filho com trissomia 21 e educadora de infância, foi a convidada que desde logo partilhou a sua visão sobre os seus 3 filhos: “cada um tem as suas particularidades, cada um com os seus desafios; o João tem trissomia 21, mas isso nunca impediu que ele, à semelhança da irmã e do irmão, tivesse sonhos e construísse um percurso rico em conquistas e sucessos”. A Cristina e a sua família recusaram-se a impôr ao João as barreiras que os estigmas erguem: “demos o tempo, o apoio, os recursos e as ferramentas de que o João precisou para, ao seu ritmo, se descobrir, crescer e ganhar autonomia”. Cristina deixa a mensagem de que “é essencial capacitar os nossos filhos, mas é igualmente importante capacitar os pais e a comunidade, para que se aceite e normalize a diferença”.

PUBAs mentoras do projeto sublinham que o testemunho e o exemplo dado por esta família “ensina-nos a importância de acreditar e respeitar cada um na sua diferença e do impacto positivo que esta atitude tem na forma como a comunidade se abre e contribui para integrar a diferença”.

O projeto “Feminismo para Tod*s” surgiu em 2022, em Cantanhede, a partir de um movimento social espontâneo de 4 amigas, com o propósito claro de contribuir para uma vida em sociedade mais equilibrada, justa e inclusiva, promovendo o desenvolvimento do espírito crítico e a tomada de consciência para problemas que são de tod*s nós.

Este projeto dinamiza “Rodas de Conversa” de entrada livre, que se realizam mensalmente locais diferentes do concelho de Cantanhede, procurando criar momentos de reflexão construtiva, discussão e partilha de vivências, opiniões e experiências. O ambiente é informal e descontraído, por forma a que todos os presentes se sintam à vontade de participar ativamente em conversas sobre diversas temáticas que, de forma direta ou indireta, abordam várias perspetivas do feminismo, igualdade de género, defesa dos direitos humanos, cidadania, entre outros.

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