A 3.ª edição do projeto “Gente da Nossa Terra” vai homenagear o músico, moleiro e agricultor, António Taboeira, de 11 de outubro a 30 de novembro.
A programação inclui mais de duas dezenas de iniciativas, desde encontros, concertos, projeção de filmes e documentários, conferências, ensaios abertos, conversas, workshops teórico-práticos, performances musicais e declamações de poesia.
Foto-concertos, tertúlias, caminhadas sobre biodiversidade, leituras encenadas, visitas de estudo a museus, viagens a locais simbólicos, apresentações de livros, interpretações artísticas, bailes e sessões com a comunidade escolar são outras das atividades que vão decorrer em vários pontos do concelho de Cantanhede.
Nesta edição, o Município de Cantanhede promove abordagens em diferentes áreas: cultura, património, educação, turismo, etnografia, associativismo, ação social, recursos naturais, entre outras.
O projeto “Gente da Nossa Terra”, de duração mensal, possui uma programação multidisciplinar, incluindo diversos eventos que homenageiam personalidades marcantes na história.
Após as edições dedicadas a Carlos Garcia e Jaime Zuzarte Cortesão, desta vez António Taboeira é a figura em destaque, com enfoque no legado, inspiração e interpretação das suas expressões artísticas, nomeadamente na música, etnografia, ofícios e cultura em geral.
Recorde-se que o Município de Cantanhede tem vindo a desenvolver um trabalho parcimonioso de recolha, valorização e promoção do património material e imaterial da região. A construção pública, coletiva e participada da história contemporânea do concelho é, sem dúvida, fundamental para prevenir o desaparecimento de recordações históricas da comunidade.
“Traçar a Memória” é outro projeto da autarquia, em curso desde 2006, que consiste na recolha de um arquivo de documentos diversos, como cartazes, textos, recortes de imprensa, plantas, mapas, fotografias, filmes ou vídeos que reportem a realidades locais de outras épocas. Este trabalho inclui também a recolha audiovisual de depoimentos orais de munícipes seniores, que servem como narrativa para ilustrar as dinâmicas das comunidades ao longo do tempo.
A exploração deste potencial histórico, cultural e artístico é muito importante para manter vivos conteúdos que constituem um legado para as atuais e futuras gerações.