Pediu-se paz em marcha em Anadia pela Ucrânia

“Paz na Ucrânia” foi o que se pediu na manhã de sábado, dia 11 de fevereiro, numa manifestação pacífica que aconteceu no passado sábado, dia 11 de fevereiro, nas ruas de Anadia. A iniciativa, promovida pelo núcleo da Iniciativa Liberal (IL) anadiense juntou mais de uma centena de pessoas, maioritariamente de nacionalidade ucraniana.

Nadiya Umanska, da delegação de Águeda da Associação de Ucranianos em Portugal, recordou o que ainda se vive na Ucrânia, toda a onda de solidariedade dos portugueses para com o povo ucraniano e apelou a que todos continuem a ajudar pois, “juntos fazem muito, apesar de parecer pouco”.

“Para a minha geração a guerra eram só histórias, filmes e manuais escolares e por isso não soube o que pensar quando tivemos as primeiras notícias da invasão. Este é um povo inspirador e com vontade de lutar e esperança de vencer. Fazem parte da nossa história e foi com este povo que encontrei o sentido de patriotismo”, disse David Araújo, membro do partido em Anadia, acrescentando ainda terem recebido um voto de agradecimento por parte da Embaixada Ucraniana em Portugal.

Rui Rocha, recentemente eleito como presidente do partido, enalteceu a coragem do povo ucraniano e criticou as atitudes de Vladimir Putin (presidente russo), chamando-o de criminoso. Defendeu também a criação de um tribunal de guerra para que todas as atrocidades que têm vindo a acontecer, possam ser julgadas. “A bandeira da Ucrânia já não é só vossa, é também a bandeira da liberdade. Tal como o vosso hino já não é só vosso, é de todos aqueles que lutam pela liberdade”, concluiu.

“Isto é a luta pela integridade, pela liberdade de expressão. Estamos ao lado desta comunidade”, disse.

Presente no evento esteve Olena Pohmy, residente em Anadia há 21 anos e que vive, há um ano, em constante sobressalto. Natural da Ucrânia, tem no seu país de origem vários familiares, incluindo o irmão, pais e sogros que nunca pensaram em abandonar o país. Assim que a invasão começou, Olena tratou imediatamente de trazer os sobrinhos, ainda menores, para junto de si. Ficaram por meio ano, mas as saudades e vontade de regresso a casa fizeram com que voltassem.

“Em agosto fui levar os meus sobrinhos a casa. O ambiente lá é horrível. O nosso país está todo destruído. Infelizmente era algo que já prevíamos que fosse acontecer. O país vai demorar muito tempo a reconstruir-se e aqui sinto-me em casa e em se segurança”, disse-nos.

Olena sabe também que, há cerca de um ano atrás, muitas famílias ucranianas se instalaram em Anadia, em casa de amigos ou familiares compatriotas, mas muitos já regressaram àquela que é verdadeiramente a sua casa.

À margem do evento, Rui Rocha prestou declarações dando conta de que o partido tem estado atento às necessidades das populações em assuntos transversais tanto ao país como ao caso do concelho de Anadia. Uma das suas principais propostas é na área da habitação, onde a IL pretende mudanças na fiscalidade, licenciamentos e regimes de justiça, por forma a agilizar os processos.

O político deu também destaque à ferrovia, dando conta da necessidade de investimento nesta área. Defende a ligação das capitais de distrito por esta via, dando a entender concordar com o traçado de alta velocidade que atravessará o concelho de Anadia. Fiscalidade, desburocratização, liberdade na saúde e educação e a resolução de problemas concretos na vida dos portugueses, recuperação de serviços públicos, reforma do sistema e eleitoral e eventualmente da Constituição Portuguesa são as linhas gerais do seu trabalho.

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