Opinião por Carlos Vinhal Silva: A Jornada Mundial da Juventude também passa por Anadia

Nos últimos tempos, por conta da proximidade da data, que se têm avolumado várias notícias sobre a Jornada Mundial da Juventude que, este ano, se realizará em Portugal. Tratando-se de um evento histórico para o nosso país (é a primeira vez que recebemos um evento deste género e desta magnitude), é natural que parte da atenção mediática se foque neste acontecimento, criando vozes díspares que o elogiam ou o criticam, que o anseiam ou o desprezam. E é natural que assim seja, ao tratar-se, por princípio de um evento religioso que, pela sua predisposição inerente, tende a causar divisões, mas cujo principal propósito é, precisamente, o oposto: pretende aglutinar os jovens pertencentes ao mundo católico e tentar cativar aqueles mais indecisos ou bamboleantes na sua crença em Deus a viver a sua fé no seio de uma juventude que se mantém ativa e alerta.

No entanto, antes de se realizar o grande encontro da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, muitos jovens vêm conhecer o nosso país e experimentar a nossa cultura, tanto nacional como local, longe dos holofotes da capital, nos chamados Dias nas Dioceses. Nestes dias, cerca de uma semana, muitos dos jovens que participarão na Jornada Mundial da Juventude estarão espalhados por todo o país a viver no seio de uma família e de uma comunidade alargada, procurando a experiência da portugalidade que apenas longe das grandes metrópoles se alcança. A diocese de Aveiro receberá muitos desses jovens, sendo que uma parte importante será enviada para Anadia que, através de diversos comités organizacionais paroquiais, sempre respaldados por um comité organizacional arciprestal e diocesano, fomentará essa experiência e proporcionará dias que se tornarão marcos inesquecíveis na vida dos jovens que nos visitarem.

Assim, a Jornada Mundial da Juventude passará também, em certa medida, por Anadia. E será da nossa terra que muitos dos jovens levarão grandes memórias e ricos testemunhos de fé e entrega ao próximo. Seja como famílias de acolhimento ou como voluntários que contribuirão para a organização ou realização de atividades, não há ninguém que esteja excluído da possibilidade de participar neste encontro. É preciso apenas vontade e entrega, esforço e dedicação para que uma juventude mundial, na qual todos nos podemos inserir, inicie uma jornada que dificilmente terminará. Porque o que se pretende neste evento, particularmente nos Dias nas Dioceses, é alargar as nossas raízes e universalizar o que de melhor temos para oferecer e para dar. Nem que seja apenas um cantinho da nossa casa ou um molho de couves. Ou um abraço que envolva o mundo.

 

Carlos Vinhal Silva

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