Vivemos tempos em que é fácil perder o norte. Há ruído por todo o lado: nas redes sociais, nas ruas, nas conversas. Uns gritam promessas douradas com mãos fechadas. Outros vendem revoluções relâmpago embaladas em memes e frases de efeito. Mas no meio dessa cacofonia, muitos jovens, talvez tu, talvez eu, sentem-se perdidos. Não porque não se importem, mas porque já viram de mais e acreditam de menos.
É tentador virar costas. Dizer que são todos iguais. Que nada muda. Que “isto” não é para nós. Mas a verdade é que quando deixamos o campo livre, alguém o ocupa, e muitas vezes são vozes que não querem construir, mas despedaçar. Que não querem unir, mas dividir. Que vivem do grito, não da proposta.
Portugal não precisa de pirotecnia política, nem de salvadores da pátria. Precisa de caminho. De rumo. De quem, mesmo com erros, acredita no equilíbrio, na liberdade, na justiça. De quem olha para o país com os pés na terra e os olhos no futuro. E para isso, não bastam utopias radicais nem slogans de fúria. A bússola não está partida. Só precisa de ser calibrada. E quem quiser procurar com seriedade, sem gritar, sem prometer o impossível, há de descobrir que há um ponto cardeal que se mantém firme: o centro. Um centro reformista, moderado, que não vive de negar tudo o que foi feito, mas de construir com responsabilidade.
Contudo, nenhum percurso se mantém sem firmeza. E não podemos ignorar que, hoje, também não é o Partido Socialista que representa esse equilíbrio. Escolheu fazer caminho ao lado dos extremos, tornando-se refém de agendas que vivem do ruído e da radicalização. Isso não é solução, é risco. Portugal não precisa de ambiguidades nem de alianças perigosas. Precisa de estabilidade.
Por isso, mais do que nunca, é tempo de afirmar um rumo claro. E entre os vários caminhos que se apresentam, há apenas um que garante estabilidade sem estagnação, mudança sem caos, e liberdade com responsabilidade: um governo liderado pela Aliança Democrática.
Porque, entre o ruído dos extremos e o vazio das promessas fáceis, há uma escolha que se mantém com os pés no chão, serena, firme e voltada para o futuro. Portugal precisa de rumo. Anadia tem dado o exemplo. E a AD é a bússola certa.
Luís Pedro Rodrigues
Presidente JSD Anadia