Mealhada desafia Estado para investir mais na Mata do Bussaco

O presidente da Câmara da Mealhada disse, no passado dia 24, que o Município está disponível para acompanhar o Estado nos investimentos a fazer na Mata Nacional do Bussaco para continuar a requalificar e a valorizar aquele património localizado no concelho da Mealhada.

António Jorge Franco, que participava no lançamento do concurso público para a concessão da exploração do imóvel do Palace Hotel do Bussaco, no âmbito do programa REVIVE, aproveitou a presença dos secretários de Estado da Florestas e do Turismo, respetivamente, Rui Ladeira e Pedro Machado, para reforçar a necessidade de se fazerem mais investimentos naquele importante destino turístico do país.

“O património aqui existente merece a dedicação de todos, muito em especial, a sensibilidade do Governo central para continuar a apoiar este ponto de atração turística, no que diz respeito ao investimento e à recuperação do património existente”, disse o autarca, defendendo, entre outras, “a aposta no turismo militar, que deve ter continuidade”, sendo “necessário continuar a investir no património edificado e no património natural. Estamos disponíveis a acompanhar o estado no investimento necessário para estes objetivos”.

António Jorge Franco confessou estar agradado como o REVIVE, comentando que “é muito mais que um projeto de reabilitação do património. É para nós e para todo o país, uma ponte entre o nosso passado de glória e o futuro promissor que aí vem”, uma vez que “pega em memórias, transformando-as num verdadeiro motor do desenvolvimento turístico e económico, da região e do país (…), em linha com aquilo que defendemos para o nosso município, que vê nesta obra e no Estado um importante aliado para fazer reviver e revitalizar a nossa comunidade e o nosso território”.

Guilherme Duarte, Presidente da Fundação Mata do Bussaco (FMB), deu o arranque à cerimónia destacando que a abertura deste concurso “é um momento marcante para o destino da Mata”, lembrando que aquele “é um dos locais mais visitados na Região Centro”. Quanto ao Palace Hotel do Bussaco, unidade hoteleira de cinco estrelas, aquele responsável lembra que “será importante manter os padrões de qualidade que as cinco estrelas exigem”, vendo nesta intervenção do Estado uma boa forma para atingir aquele objetivo.

Rui Ladeira, secretário de Estado das Florestas, olhou para o REVIVE na Mealhada como “um projeto que há anos precisava de sair do papel” e afirmou estar “consciente da responsabilidade que passou a ter em mãos para promover, requalificar e salvaguardara Mata do Bussaco”, daí que anunciou que vai pedir ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e à FMB o relatório do trabalho desenvolvido e tudo aquilo que há a desenvolver, prometendo “dedicação e foco no trabalho de acordo com estes dossiês em concreto”, disse o governante, sossegando as preocupações do presidente da Câmara da Mealhada.

Por seu turno, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, não esconde que este programa de reabilitação, património e turismo “vai gerar economia” neste destino Bussaco, que “é uma peça icónica do país”.

“Estamos a criar condições para renovar a confiança que os empresários têm no destino e marca Portugal”, sustenta o governante, defendendo que a meta é “cuidar, fruir, acrescentar valor e qualidade para quem nos visita”, uma vez que “o património para ser fruído deve ser reabilitado”, mas para tal “é preciso dar condições aos empresários para desatarem os nós dos seus projetos”, disse Pedro Machado, no encerramento desta cerimónia que juntou, entre outros, responsáveis nacionais e regionais do ICNF, Turismo de Portugal e Turismo do Centro, assim como os presidentes das Câmaras de Mortágua e Penacova.

O Concurso Público Internacional de Concessão do Palace Hotel do Bussaco, num processo que integra a recuperação também de alguns edifícios anexos e o jardim histórico contíguo, está aberto até outubro de 2024, prevendo um pagamento mínimo de renda do concessionário ao Estado no valor de 51.355,80 euros.

A nível nacional, o REVIVE entrou já numa terceira fase abrangendo 65 imóveis, dos quais 31 concursos estão lançados e 23 estão celebrados, num investimento total de 190 milhões de euros, que estão a gerar 3 milhões de euros em rendas para o Estado.

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