O rumo do Anadia Futebol Clube foi mudando em várias direções nos últimos meses. De uma direção com anos de casa para uma Comissão Administrativa cujo objetivo é o de devolver a glória aos “trevos”.
Por estas semanas já reuniram com os sócios para os colocar a par do ponto de situação clube e já conseguiram, até à data, apurar cerca de 300 mil euros em dívidas (nestes valores incluem entidades como a Segurança Social ou a Federação de Futebol). Confessam que não tinham real noção da proporção da situação nem os sócios sabiam da situação financeira, porque nunca lhes havia sido comunicado.
Esta Comissão estará em funções até dia 30 de abril mas, até lá, a porta está aberta para que os sócios procurem um novo rumo para o clube, caso o entendam. Até então a atividade desportiva tem-se mantido sem sobressaltos mas sabem que, se não tivessem pegado no clube em outubro, as equipas já teriam parado.
“O grupo que se juntou e as pessoas que estão é que nos têm ajudado a continuar. O clube está a viver o dia-a-dia e, no dia 30 de abril, não sabemos o que vai acontecer. Os sete demos a cara pelo clube e temos a certeza que fizemos tudo. O clube estava muito degradado, não só financeiramente, mas as várias estruturas de gestão e até as infraestruturas”, explica-nos Carlos Pintado, da Comissão.
“É agora que o Anadia precisa das pessoas. Estes números claro que assustam e claro que faremos tudo para os resolver, mas a insolvência nunca foi um cenário completamente fora de equação”, explica-nos Carlos Pintado.
Rodolfo Kussarev, presidente da Comissão Administrativa da SAD, confessa que sempre lhe foi estranho haver um afastamento entre uma SAD e o próprio clube, situação já ultrapassada: “O que temos hoje é próximo do ideal e a relação entre as duas partes é hoje como deveria ser; o clube e a sua direção têm, para nós, um papel muito importante”.
A Comissão Administrativa é constituída pelos sócios: Carlos Pintado, Joaquim Lopes, Fernando Fernandes, Paulo Adriano, Bruno Varandas, Santiago Figueira e Luc Pedrinho.