A 2.ª edição do projeto “Gente da Nossa Terra” vai homenagear o médico, político, professor, escritor e historiador português, Jaime Cortesão, assinalando, deste modo, o 140.º aniversário do seu nascimento.
O foco será no seu legado e na inspiração que proporcionou, assim como na análise das suas diversas expressões artísticas, especialmente nas áreas da literatura, política, ecologia, humanismo e cultura.
O programa, que iniciou a 29 de abril, com a conferência “140 anos sobre o nascimento de Jaime Cortesão”, na Quinta da Sobreira Quinhentista, em Ançã, prolonga-se até 29 de maio, inclui conferências, exposições itinerantes, apresentação de livros, projeção de filmes, entrevistas, documentários e performances musicais, em vários locais do concelho de Cantanhede.
A iniciativa terá ainda declamações de poesia, peças de teatro, caminhadas, oficinas de meio ambiente, encenações em locais simbólicos, interpretações artísticas, entre outros eventos.
O objetivo é oferecer ao público uma variedade de atividades, para que possam apreciar diferentes conhecimentos e perspetivas, salientando a relevância do legado de Jaime Cortesão atualmente.
Nesta edição, o Município de Cantanhede tem como parceiros o Grupo de Teatro Novo Rumo / Secção de Património de Ançã, a Associação Recreativa e Cultural 1º de Maio da Tocha, o Laboratório de Música GroovArt, a Academia de Música de Ançã, o Centro de Estudos Musicais de Cantanhede, bem como as Juntas de Freguesia de Ançã e da Tocha e ainda a União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça.
O Município tem vindo a desenvolver um trabalho parcimonioso de recolha, valorização e promoção do património material e imaterial da região. Parte superior do formulárioA construção pública, coletiva e participada da história contemporânea do concelho de Cantanhede é, sem dúvida, fundamental para prevenir o desaparecimento de recordações históricas da comunidade.
“Traçar a Memória” é outro projeto da autarquia, em curso desde 2006, que consiste na recolha de um arquivo de documentos diversos, como cartazes, textos, recortes de imprensa, plantas, mapas, fotografias, filmes ou vídeos que reportem a realidades locais de outras épocas. Este trabalho inclui também a recolha audiovisual de depoimentos orais de munícipes seniores, que servem como narrativa para ilustrar as dinâmicas das comunidades ao longo do tempo.
A exploração deste potencial histórico, cultural e artístico é muito importante para manter vivos conteúdos que constituem um legado para as atuais e futuras gerações.
Recorde-se que, a primeira edição do projeto “Gente da Nossa Terra” foi dedicada a Carlos Garcia, que nasceu em Cantanhede, em 1932.