Cineclub Bairrada celebra 4º aniversário com balanço positivo

A primeira reunião geral deu-se em fevereiro de 2019 e assim marcou o início de quatro anos de muito trabalho e criatividade. Com algumas interrupções pelo meio, pela pandemia, o Cineclub Bairrada apresenta-se agora mais maduro e com o mesmo fervilhar de ideias do primeiro dia.

Primando pela diferença, o Cineclub Bairrada é o único no país cujo nome é um “agregador” de territórios, sendo que a maior parte destes clubes estão sediados em sedes de distrito. Um território que mal se distingue em fronteiras e para que fossem “maiores” e mais diversificados foram as razões desta decisão.

“O cineclubismo faz com que não estejamos limitados a regras ou entraves que outras entidades ou empresas do ramo têm. Podemos trazer todos os géneros para todas as pessoas. No mesmo mês encontramos os mesmos filmes em vários cinemas comerciais em territórios próximos. Nós podemos fazer diferente”, explicou Artur Castro, no âmbito das comemorações do 4º aniversário do clube.

A implementação do Plano Nacional de Cinema tem também mostrado o impacto que o cinema e a mensagem por trás dos filmes que passa para os jovens, nesta que é uma altura de zappings.

Os objetivos do Cineclub Bairrada passam por defender e impulsionar o cinema português, divulgar e desenvolver a cultura cinematográfica e defender o cinema como arte e como linguagem, promover o desenvolvimento do audiovisual e das novas tecnologias ligadas à imagem e ao som, produzir obras cinematrográficas, vídeo e multimédia e acompanhar os jovens através de iniciativas formativas, divulgar o papel cultural e associativo do cineclub, promover a valorização cultural, histórica e social dos concelhos da região da Bairrada e da região centro no geral.

“Queremos dar oportunidade aos jovens. O que falta aos jovens não é talento, faltam é oportunidades e tentamos ter iniciativa nesse sentido”, disse.

O CineClub destaca ainda o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas suas secções, nomeadamente de Águeda (Clube Macinhatense), Mealhada (Gir-Pampilhosa e EPVL), Cantanhede (Lúcia-Lima), Oliveira do Bairro (Conservatório Artes e Comunicação – Filarmónica União de Oliveira do Bairro) e Anadia (Club d’ Ancas).

Ao longo da sessão foram apresentados exemplos de várias produções ao longo dos anos do cineclub, bem como o resultado de formações desenvolvidas pelos jovens ao longo dos tempos.

Artur Castro apresentou ainda o projeto Herança Doc Bairrada, cujo objetivo é o de documentar a Bairrada, com gravações de imagens, sons, fotografias e recolha de documentos. Neste périplo obtêm também testemunhos sobre pessoas e tradições, mesmo que anónimas. Aquilo que registam são, muitas vezes, imagens com que as pessoas se identificam.

O Cineclub Bairrada propõe-se a alfabetizar a memória, documentar, produzir conteúdos, criar um repositório digital, recolha, tratamento, partilha e divulgação de conteúdos.

Artur Castro deixou ainda o desafio aos Municípios para se criar um acervo de património cultural e imaterial da Bairrada, recolhendo imagens sobre a região e disponibilizar esse conteúdo para todos.

“O Cineclub veio complementar a cultura no Município e na região e tem sido muito enriquecedor. Cada secção do clube tem tido o seu ritmo, mas acreditamos que este projeto tem tudo para correr bem”, concluiu.

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