A Escola Básica de Anadia tem sofrido constrangimentos no que diz respeito à quantidade de assistentes operacionais a trabalhar no local. Não porque o número contratado não seja o suficiente, mas sim porque vários profissionais se encontram de baixa médica ou ausentes por apoio à família.
Esta situação alarma os encarregados de educação mais atentos, porém, segundo a Câmara Municipal de Anadia, esta é uma situação que nunca, em momento algum, fez o estabelecimento de ensino fechar por falta de segurança dos alunos que a frequentam.
Relativamente ao bom funcionamento da escola, a autarquia admite estar em contacto com a direção do Agrupamento de Escolas, de modo a criar medidas e soluções para mitigar a situação vivida naquele estabelecimento.
Pelos relatos que chegaram à redação do Jornal de Anadia, podemos apurar que não existem perturbações no serviço do refeitório, isto porque a falta de assistentes operacionais decorre na manutenção, bom funcionamento e segurança das instalações e crianças.
Teresa Cardoso, presidente da autarquia anadiense, questionada sobre o sucedido, referiu que “perante um universo de tantos assistentes operacionais, nem sempre é possível fazer uma gestão de trabalhadores que consiga resolver todas as situações de absentismo a nível do universo dos assistentes operacionais, cabendo, em situações extremas de ausência de funcionários, a cada professor coordenador de estabelecimento, conjuntamente com a direção do Agrupamento de Escolas de Anadia, avaliar as condições de funcionamento, nomeadamente ao nível das questões de segurança, e tomar as decisões sobre a manutenção da escola em funcionamento”. Até ao momento, a decisão foi sempre a de manter a escola aberta.
“Estes profissionais, pagos exclusivamente pelo orçamento da Câmara Municipal de Anadia, incrementam em cerca de 30% o número de assistentes operacionais definidos pela tutela. Este é – consideramos – o número adequado para o normal funcionamento das escolas em termos curriculares e em tudo o mais que, neste momento, compete às escolas responder e concretizar, como são o caso das refeições escolares, das Atividades de Animação e de Apoio à Família, das Atividades da Componente de Apoio às Famílias, das Atividades de Enriquecimento Curricular, entre outras”, explicou a autarca ao Jornal de Anadia.
Diana Mihaila, mãe de uma aluna e antigo membro da Associação de Pais do Agrupamento, mencionou que se vive um cenário de “falta de segurança” nas alturas de intervalo e também no refeitório. “São 10 assistentes operacionais para mais de 300 alunos, é uma escola grande. Uma das assistentes reformou-se e não entrou ninguém para a substituir e grande parte destas profissionais estão de baixa médica, não comparecem ao trabalho e não existe ninguém para repor o lugar delas, estamos assim desde setembro e até agora nada foi feito”, explica.
Já João Tiago Castelo Branco, presidente da Associação de Pai, menciona que a associação, pelo menos por agora, não vai adotar medidas extremadas, como o fecho da escola, mas que já convocaram e já se insurgiram sobre o assunto, pelo que já tiveram algumas reuniões com a direção da escola e a autarquia.
“Neste momento a Câmara Municipal de Anadia já nos garantiu que encontraram a resposta para a resolução deste problema. Estamos no final do primeiro período, vamos aguardar, penso que podemos dar o benefício da dúvida. Veremos como corre o segundo período”, esclarece.
Tiago Almeida