Freguesia da Tocha vai recuperar 1.503 hectares de floresta

Já teve início o processo de reflorestação de 1.503 hectares do perímetro florestal das dunas de Cantanhede, área fortemente afetada pelo incêndio de outubro de 2017. O contrato de prestação de serviços foi assinado no dia 10 de novembro, numa sessão que reuniu responsáveis das entidades envolvidas no processo, nomeadamente Câmara Municipal de Cantanhede, Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

Este é um dia muito especial e resulta da articulação perfeita entre as entidades envolvidas”, destacou a presidente da autarquia, Helena Teodósio, que se congratula com a recuperação de um “pulmão verde” seriamente afetado pelo violento incêndio do outubro de 2017.

Acompanhada do Executivo Municipal, a autarca não quis deixar de felicitar o trabalho intenso e empenhado do Gabinete Técnico Florestal do Município, que “num curto espaço de tempo, e em perfeita articulação com Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, preparou uma candidatura rigorosa” que culminou com a respetiva aprovação no âmbito do PDR 2020.

Os trabalhos, que deverão estar concluídos em 2024, representam um investimento de 1.284.25 euros – valor comparticipado a 80% por fundos comunitários e os restantes 20% pela Comunidade Local dos Baldios da Freguesia da Tocha – e visam a rearborização de uma vasta zona florestal, tendo em vista a sua recuperação não apenas do ponto de vista ambiental, mas igualmente turístico e social.

Para além da elaboração do projeto e submissão da candidatura, o Município de Cantanhede assegurará, também através do seu Gabinete Técnico Florestal, o acompanhamento e a fiscalização dos trabalhos, bem como a conceção do Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede.

A execução do projeto de reflorestação deverá concretizar-se em dois anos, contemplando a execução de operações de controlo da vegetação espontânea (acácias e outras), mobilização do solo para a instalação das plantas e a plantação de pinheiro bravo (1.395,8ha nos talhões), pinheiro-manso (49,2ha nas faixas de gestão de combustível) e choupo-negro, borrazeira-preta e salgueiro-branco (20,5ha para reabilitação das galerias ripícolas associadas às linhas de água).

Serão ainda instaladas duas parcelas experimentais, uma de consociação de pinheiro-bravo e sobreiro (20,1 hectares) e uma outra só com pinheiro-manso (17,4 hectares).

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