A Assembleia Municipal de Águeda aprovou, por maioria, as propostas de desagregação das Uniões de Freguesias (UF) de Barrô e Aguada de Baixo e de Águeda e Borralha em unidades territoriais autónomas, devolvendo-se a autonomia administrativa às Freguesias de Águeda, Boralha, Barrô e Aguada de Baixo.
As propostas de desagregação foram previamente aprovadas em reuniões extraordinárias de Assembleia de Freguesia das duas UF referidas e depois contaram com o parecer favorável por parte do Executivo Municipal.
Segundo a proposta apresentada pelas Assembleias de Freguesias, é salientado o cumprimento dos critérios definidos para as desagregações, onde estão descritos ainda os constrangimentos associados à tramitação do processo de criação das UF, no que consideram ter sido um “erro legislativo” que causou “relevantes prejuízos às suas populações”. Esta decisão expressa, assim, a vontade popular pela reposição do modelo de delimitação territorial existente antes da reforma da Administração Local de 2012.
A propósito da proposta de desagregação da UF de Águeda e Borralha, Nuno Cardoso, presidente da UF, disse compreender a população, principalmente da Borralha, pelo “sentimento de perda”, nomeadamente de identidade que não foi superada ao longo dos últimos anos e que procurou estar próximo de todos neste seu primeiro ano de mandato. Para o autarca, neste processo de desagregação o importante era garantir que “Águeda não sairia prejudicada” e que manteria o seu estatuto de grande freguesia. “Até ao último dia da nossa União de Freguesias vou defendê-la como tal, continuando a trabalhar com afinco por tudo e por todos”, declarou.