“SE ALGUÉM ME QUISER ACOMPANHAR (…) CARREGUE COM A SUA CRUZ TODOS OS DIAS E SIGA-ME” (Lc 9, 23)
– por Carlos Vinhal Silva
A Jornada Mundial da Juventude aproxima-se de nós a um ritmo frenético. Conta disso mesmo dão os meios de comunicação social, que se multiplicam em notícias e reportagens mais alongadas relativamente a esta celebração da juventude e da fé, quiçá agora mais necessária do que nunca, visto que vivemos numa época em que os princípios da Igreja foram atacadas desde o interior da própria Igreja, alertando-a para a necessidade de a renovar e rejuvenescer. E a Jornada Mundial da Juventude, evento que, ao longo de todas as suas edições, reuniu já muitos milhões de jovens constitui uma oportunidade de ouro para promover essa renovação sem esquecer os basilares princípios cristãos de amor absoluto ao próximo, de compaixão, de perdão e, sem dúvida, de esperança.
Porém, para que essa regeneração seja possível, é necessário que a Igreja encete um caminho que motive os fiéis a segui-la e a participar nesse aperfeiçoamento que não altera a sua essência: a Igreja de Cristo deve ser sempre a Igreja de Cristo e não a Igreja de um homem comum que, erradamente, se julgue igualmente digno dessa denominação. Ora, esta caminho é, essencialmente, metafórico: é um caminho profundamente espiritual que deve procurar o perdão dos pecados cometidos, a reconciliação com Deus e a comunhão com o Divino, mas que pode conhecer determinados contornos de literalidade, se assim o quisermos.
E, em breve, muito em breve, chegarão às nossas terras a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que, da sua peregrinação já mundial, estendem o convite à nossa peregrinação, para que caminhemos com ela, seja literal ou espiritualmente, num chamamento a que, pela fé e pelas obras, possamos também transformar o mundo. Para melhor, claro!